19 outubro 2009

Child Within

Não te deixes enganar por mim,
Não te deixes enganar pela cara que eu ponho,
Porque eu uso uma mascara, mil mascaras, mascaras que tenho medo de tirar,
E nenhuma delas sou eu.
O fingimento é uma arte que está enraizada em mim,
Mas não te deixes enganar.
Por amor de Deus não te deixes enganar.

Posso dar a impressão que sou seguro,
Que está tudo tranquilo e sereno dentro e fora de mim,
Que a confiança é o meu nome e a frieza o meu jogo,
Que está tudo sob controle dentro de mim, está tudo calmo.
E não preciso de ninguém.

Mas não acreditem em mim.
À primeira vista a minha cara pode parecer suave,
Mas a aparência é a minha mascara,
Inconstante e enganadora está sempre a esconder-se.
Debaixo da aparência não há satisfação.
Debaixo da aparência existe a confusão, medo e solidão
Mas eu escondo isto. Não quero que ninguém o saiba.

Entro em pânico com a ideia dos meus medos e fraquezas serem expostos.
É por isso que criei inquietantemente uma mascara para me esconder,
Uma fachada sofisticadamente despreocupada,
Para me ajudar a fingir,
Para me proteger daquele olhar de relance de quem verdadeiramente me vê.
Mas é esse olhar precisamente a minha salvação.

É a minha única esperança, eu sei isso.
Isto é, se for seguido pela a aceitação,
se for seguido pelo amor.
É a única coisa que me pode libertar de mim mesmo,
Das paredes da prisão que eu próprio construi,
Das barreiras que tão minuciosamente ergui,
É a única coisa que me assegurará,
Daquilo que não posso assegurar a mim próprio;
- “Que realmente eu tenho valor...”
Mas eu não te digo isto. Não me atrevo . Tenho medo.
Tenho medo que o desvendar do teu olhar não seja seguido pela aceitação,
Que não seja seguido pelo amor.

Tenho medo que me menosprezes, que rias,
E o teu riso irá destruir-me.
Tenho medo que bem no fundo eu não seja nada, que realmente não seja boa pessoa
E tenho medo que tu vejas isto e me rejeites.
Por isso, jogo o meu jogo, o meu desesperado jogo do “faz de conta”,
Com uma fachada de segurança por fora
e uma criança a tremer por dentro.

Começa então o sumptuoso mas vazio desfile de mascaras,
E a minha vida torna-se numa farsa.
Mantenho contigo um dialogo inútil num tom de conversa superficial.
Eu digo-te tudo, que na realidade nada é,
e nada acerca daquilo que tem significado,
aquilo que está a chorar dentro de mim.
Por isso, quando eu estiver a ir pelo mesmo “caminho”,
Não te deixes enganar por aquilo que estou a dizer,
Por favor, tenta ouvir aquilo que eu não digo,
Aquilo, que eu gostaria de ser capaz de dizer,
Aquilo que por necessidade, gostava de poder falar,
Mas que não sou capaz de dizer.

Eu não gosto de me esconder,
Eu não gosto de fazer jogos falsos e superficiais.
Eu quero parar de jogar esses jogos.
Eu quero ser genuíno, expontâneo e ser eu mesmo,
Mas tu tens que me ajudar.
Tens que ficar de mão estendida à minha espera,
Mesmo que isso pareça a ultima coisa que eu queira.

Só tu podes tirar da minha visão a fixação vazia do estado “vegetal”.
Só tu me podes “acordar” para a viver a vida.
Cada vez que tu és carinhoso, gentil e encorajador,
Cada vez que tentas compreender, porque realmente te importas,
No meu coração começam a crescer “asas”,
Umas “asas” muito pequenas,
Umas “asas” muito trémulas,
Mas são “asas” !

Com o teu poder de tocares os meus sentimentos,
Podes dar um “sopro” de vida,
Eu quero que tu saibas isso.
Eu quero que saibas o quanto és importante para mim,
E como podes ser um Criador – um Criador à imagem de Deus –
De uma pessoa que sou eu,
Se quiseres.
Tu sozinho podes derrubar a barreira atrás da qual eu tremo,
Tu sozinho podes tirar as mascaras,
Tu sozinho podes libertar-me do meu mundo sombrio de pânico e incerteza,
Da minha “prisão” solitária,
Se assim o decidires.
Por favor, decide que sim. Não me deixes passar “ao lado.”
Não vai ser fácil para ti.
Uma forte convicção de que não tenho valor construiu fortes muralhas.
Quanto mais perto tu te chegares a mim,
Mais cegamente poderei ripostar.
É irracional, apesar do que os livros dizem sobre o ser humano,
Muitas vezes eu sou irracional.
Eu luto para manter, aquelas mesmas coisas que choro por largar.
Mas dizem-me que o amor é mais forte do que ”fortes muralhas”,
E aí reside a minha esperança.

Por favor, tenta vencer essas barreiras,
Com mãos firmes,
Mas com mãos gentis,
Porque a criança que sou, é muito sensível.
Quem sou eu, tentas tu imaginar,
Sou alguém que conheces muito bem,
Porque sou todos os homens que já encontraste,
E todas as mulheres que já conheceste.

( Charles C. Finn - no livro Curar a Criança Interior de Charles Whitfield )

14 outubro 2009

I'll try anything once, twice if I like it!


Este é há muito tempo o meu lema, frase de Oscar Wilde, escritor que admiro pelo humor mordáz e inteligência.


Hoje aplica-se porque parece que vou saltar de paraquedas outra vez!


No sábado esperei 2h30 para saltar e assisti a algumas infelizes discussões do pessoal de terra.


Reclamei.

O livro de reclamações estava no Porto.

Reclamei mais ainda.


Amecei com ASAE e DECO, falei com a dona da empresa (que também estava no Porto), expus a minha reclamação, "marquei o salto há 1 mês, cheguei 30 minutos antes da hora, e esperei mais de duas horas", referindo e isistindo sempre que a experiência do salto tinha sido fantástica, que negócio tão giro proporcionar momentos únicos aos clientes e que pena estragar tudo com desorganização...


E valeu a pena a reclamação. Não só pediram desculpa por email a todas as pessoas que saltaram no sábado (e aos que se vieram embora furiosos com a espera), como me ofereceram um voucher para saltar outra vez!!


Quem quer vir comigo na próxima road-trip a Évora?



uau! (II)

13 outubro 2009

Re-post

No dia 24 de Abril de 2005, escrevi neste blog um post que hoje releio.
Não mudaria nada!


"Coisas que me dao prazer...

Ler... Enterrar os pés na areia fria... Boiar no mar... Passear pela cidade... Ser surpreendida... Conhecer sitios novos... Aprender... Fazer saladas... Sair à noite... Dançar... Um bom café... Um bom chá... Incenso... Luzes ténues de cores quentes... Velas... Entender a arte... Cheiro a flores, a terra, a relva acabada de cortar... Uma brisa quente... Ver o nascer do sol... O ceú de Madrid... Cajus torrados com sal... Experimentar comida diferente... Acordar sem despertador... Ver as noticias... Ver um filme sem intervalos... Cantar... Sentir o calor do sol na cara... Entrar numa cama acabada da fazer... Sentir a pele macia... Um abraço do meu Pai... Fazer um estranho sorrir... Uma cançao intensa.... "

11 outubro 2009

Eu já voei!



Atirar-me de um avião a 4.200m de altitude é algo que dificilmente faria por iniciativa própria. Tenho um instinto de preservação que me impede de me colocar tão a jeito de um acidente potencialmente fatal. É o mesmo instinto que me impede de guiar a mais de 140km/h, de fazer bunggie jumping, escalada, é até o mesmo instinto que me faz não gostar particularmente de mergulhar com SCUBA. Dito isto, sim é verdade que Kite-surfing não é o desporto mais seguro do mundo, mas isso é de alguma forma diferente! ;)

Tenho, no entanto, outro lado do meu eu que não deixa passar um bom desafio (aceito sempre um BOM desafio, em oposição a desafios estupidos tipo estes!) Por isso, embora surpreendida no dia do presente, aguardei com alguma expectativa o dia do salto!

E lá fui ontem a Évora. E saltei a sorrir! Tenho o video que o prova!

Não digo muito mais, apenas que:

1. o mais estranho é a sensação dentro do nariz no momento da queda livre, parece que estamos debaixo de água, mas afinal é ar.
2. o mais desagradável é o momento em que o páraquedas se abre por causa do puxão.
3. a vista é linda!
4. ADOREI!


Obrigada amiguinhas por este presente tão giro!


09 outubro 2009

08 outubro 2009

I'm Back!

“No mundo existe amor que chegue para toda a gente, todos os dias as pessoas produzem amor quando, por exemplo, fazem coisas que gostam, quando estão felizes. “

Franz Ruppert