25 março 2010

19 março 2010

Padre Roque (Sta Isabel - Lisboa)

Hoje houve um Padre que me tocou pela sua simplicidade e ternura.
Numa Missa de Corpo Presente, falou com muito amor, pôs toda a gente a rezar o Pai Nosso de mão dada, deu um Abraço de Paz à familia.

Disse no final

"O que levamos desta vida não é o que guardamos, é o que damos."

Fiquei de lágrimas nos olhos.

Quando o cumprimentei e comentei que tinha gostado muito da missa, recebeu o elogio com um enorme 
sorriso e cheio de humildade comentou - às vezes pensamos que só as crianças precisam de elogios e incentivo, mas também os adultos gostam e precisam de ser elogiados, isso motiva um trabalho cada vez melhor. E levamos o elogio que fizemos conosco na memória do sorriso que geramos.

Foi muito bonito, dentro de toda a tristeza de ver alguém partir.

10 março 2010

My intention for today



Here is a good reminder to set an intention for our day. Mine will be gratefulness.
Gratefulness for my life, my house, all conforts, for my body, my mind, for my friends, my family, for all the opportunities that open each moment.
With a slight smile on my face, I feel grateful.







04 março 2010

Quebre esse copo!

Não sou fã de Paulo Coelho, não li os livros todos de fio a pavio, e o que li não me tocou naquele momento. Mas hoje este texto tocou-me. Porque há copos para partir, há riscos que são só internos a tomar, há mapas para mudar!

Aqui vai, uma inspiração para o dia, ou para a vida.


Quebre este copo
(trecho de “Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei”)

O vinho tornava as coisas mais fáceis para ele. E para mim.
– Por que você parou de repente? Por que não quer falar de Deus, da Virgem, do mundo espiritual?
– Quero falar de outro tipo de amor – insistiu. – Aquele que um homem e uma mulher compartilham, e em que também se manifestam os milagres.
Segurei suas mãos. Ele podia conhecer os grandes mistérios da Deusa – mas de amor sabia tanto quanto eu. Mesmo que tivesse viajado tanto.
E teria que pagar um preço: a iniciativa. Porque a mulher paga o preço mais alto: a entrega.
Ficamos de mãos dadas por um longo tempo. Lia em seus olhos os medos ancestrais que o verdadeiro amor coloca como provas a serem vencidas. Li a lembrança da rejeição da noite anterior, o longo tempo que passamos separados, os anos no mosteiro em busca de um mundo onde estas coisas não aconteciam.
Lia em seus olhos as milhares de vezes em que havia imaginado este momento, os cenários que construíra ao nosso redor, o cabelo que eu devia estar usando e a cor da minha roupa. Eu queria dizer “sim”, que ele seria bem-vindo, que o meu coração havia vencido a batalha. Queria dizer o quanto o amava, o quanto o desejava naquele momento.
Mas continuei em silêncio. Assisti, como se fosse um sonho, à sua luta interior. Vi que tinha diante dele o meu “não”, o medo de me perder, as palavras duras que escutou em momentos semelhantes – porque todos passamos por isto, e acumulamos cicatrizes.
Seus olhos começaram a brilhar. Sabia que estava vencendo todas aquelas barreiras.

Então soltei uma das mãos, peguei um copo e coloquei na beirada da mesa.
– Vai cair – disse ele.
– Exato. Quero que você o derrube.
– Quebrar um copo?
Sim, quebrar um copo. Um gesto aparentemente simples, mas que envolvia pavores que nunca chegaremos a compreender direito. O que há de errado em quebrar um copo barato – quando todos nós já fizemos isto sem querer alguma vez na vida?
– Quebrar um copo? – repetiu ele. – Por quê?
– Posso dar algumas explicações – respondi. – Mas, na verdade, é apenas por quebrar.
– Por você?
– Claro que não.
Ele olhava o copo de vidro na beira da mesa – preocupado com que caísse.
“É um rito de passagem, como você mesmo fala”, tive vontade de dizer. “É o proibido. Copos não se quebram de propósito. Quando entramos em restaurantes ou em nossas casas, tomamos cuidado para que os copos não fiquem na beira da mesa. Nosso universo exige que tomemos cuidado para que os copos não caiam no chão.
Entretanto, continuei pensando, quando os quebramos sem querer, vemos que não era tão grave assim. O garçom diz “não tem importância”, e nunca na vida vi um copo quebrado ser incluído na conta de um restaurante. Quebrar copos faz parte da vida e não causamos qualquer dano a nós, ao restaurante, ou ao próximo.
Dei um esbarrão na mesa. O copo balançou, mas não caiu.
– Cuidado! – disse ele, instintivamente.
– Quebre o copo – eu insisti.
Quebre o copo, pensava comigo mesma, porque é um gesto simbólico. Procure entender que eu quebrei dentro de mim coisas muito mais importantes que um copo, e estou feliz por isto. Olhe para a sua própria luta interior e quebre este copo.
Porque nossos pais nos ensinaram a tomar cuidado com os copos, e com os corpos. Ensinaram que as paixões de infância são impossíveis, que não devemos afastar homens do sacerdócio, que as pessoas não fazem milagres, e que ninguém sai para uma viagem sem saber aonde vai.
Quebre este copo, por favor – e nos liberte de todos estes conceitos malditos, esta mania que se tem de explicar tudo e só fazer aquilo que os outros aprovam.
– Quebre este copo – pedi mais uma vez.
Ele fixou seus olhos nos meus. Depois, devagar, deslizou sua mão pelo tampo da mesa, até tocá-lo. Num rápido movimento, empurrou-o para o chão.

O barulho do vidro quebrado chamou a atenção de todos. Em vez de disfarçar o gesto com algum pedido de desculpas, ele me olhava sorrindo – e eu sorria de volta.
– Não tem importância – gritou o rapaz que atendia as mesas.
Mas ele não escutou. Havia se levantado, me agarrado pelos cabelos, e me beijava.
Eu também o agarrei nos cabelos, abracei-o com toda força, mordi seus lábios, senti sua língua se movendo dentro de minha boca. Era um beijo que havia esperado muito – que havia nascido junto dos rios de nossa infância, quando ainda não compreendíamos o significado do amor. Um beijo que ficou suspenso no ar quando crescemos, que viajou pelo mundo através da lembrança de uma medalha, que ficou escondido atrás de pilhas de livros de estudos para um emprego público. Um beijo que se perdeu tantas vezes e que agora tinha sido encontrado. Naquele minuto de beijo estavam anos de buscas, de desilusões, de sonhos impossíveis.

Eu o beijei com força. As poucas pessoas que estavam naquele bar devem ter olhado, e pensavam estar vendo apenas um beijo. Não sabiam que naquele minuto de beijo estava o resumo de minha vida, da vida dele, da vida de qualquer pessoa que espera, sonha e busca o seu caminho debaixo do sol.
Naquele minuto de beijo estavam todos os momentos de alegria que vivi.

03 março 2010

Gaza - Avatar on Earth?



This video is circulating on facebook and a friend ask for comments on these provocative thoughts... Here is my comment.

Avatar is a metaphor. Good against evil, again. Who's who only depends on the perspective the movie is shot from. In Cameron's own Alien, the alien was the bad guy (bigger and uglier then, but again, that's just a perspective)

I don't even find the video too provocative because this is an old story, first the Romans 2.500 years ago, they conquered all of Europe, Ghenghis Khan invaded all his neighbors in XIIIth century China, there are examples in all cultures, in all times. Even the Arabs were the attackers when in the VIIIth century they invaded Iberia (that's not so long ago, the buildings, the words are still here). And even then peace was kept by letting each population live their spirituality freely and with commercial and trade agreements.

Same story: two sides fight for land, for profit, for domination. If you want someone else's resources, de-humanize them, make them your enemy, and take it. It's always been like this. Only the weapons have changed, the images, and how fast they travel. 


It's been the politicians and philosophers' responsibility to find solutions for 3000 years. Being human they have fear in their hearts. Fear of not having enough food, enough water, enough space for their children. Fear for our own survival.

I was living in Madrid in March 11th, I drove by one of the bombs that did not explode, it could have exploded, and it could have been me on the list, my father could have gotten a call "we're sorry, your daughter is dead"... and later that week I marched the streets with fear in my heart because someone wanted to kill me. Fear. Fear that turns into anger. Fear that turns into greed.

From my perspective, the only thing we can do is replace this fear with love and compassion, finding the spirit in us, the dust of stars we are made of, the connection to the grand scheme, our soul, or whatever you want to call it. We can chose to recognize the spirit and the love in both jews and arabs, and chinese, and korean, and indian, and blonds, and darks, and black, brown, purple... We are all in the same human boat. We can find the balance of the planet, accept the symbiotic relations in all environments, accept each other.

And facebook is a great platform for it! Millions of people all around the globe, exchanging points of view, insights, opinions, exchanging their humanity, where ever they are. Thank you Dave, for starting this discussion!

May Peace be in our hearts first, and then in the whole world!

02 março 2010

More or Less?




Eu sem dúvida quero consumir menos, quero desentupir a minha vida, a minha casa e o meu corpo do excesso! Less is more! Sem dúvida!